quarta-feira, 22 de julho de 2009

AÇÕES SOCIAIS NO COMBATE A EXCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL.



Os esforços para diminuir a exclusão digital no país, têm evolvido as entidades públicas
privadas e do 3º setor. Porém, considerando o avanço tecnológico da era digital, estas
iniciativas necessitam ser monitoradas e complementadas com ações mais concretas e
objetivas que visem a geração não somente de emprego e renda, mas também de trabalho. Daí
o desafio no Brasil de dar continuidade a estas ações, através da educação para o
Empreendedorismo e para o Trabalho, através da execução do trabalho à distância.



Ações Sociais no Combate a Exclusão Digital no Brasil

Introdução


No Brasil, saber lidar com as novas tecnologias da era digital hoje é uma obrigação para
profissionais de todas as áreas.
O que antes perecia ser coisa do outro mundo, hoje pode ser corriqueiro e de fácil manuseio.
A familiaridade com termos e como o computador parece já nascer com as crianças. Tanto
que boa parte dos colégios no Brasil já inseriu o trabalho no computador na rotina
pedagógica: pesquisas na Internet e digitação de textos podem ser tão comuns quanto usar
lápis e canetas para fazer os trabalhos escolares, video game e o acesso à rede para bate-papos
e envio e recebimento de e-mails.
Mas o abismo entre os que têm e os que não tem acesso à tecnologia ainda é muito grande no
Brasil.
Por isso, a procura por cursos de informática, que ensinam a pessoa trabalhar com os mais
diversos programas e recursos tem aumentado, nos últimos anos, no nosso país.
Essa verdadeira revolução, iniciada nos anos 90 e cuja tendência é continuar cada vez mais
acelerada, tem modificado as relações de trabalho. O conceito de globalização faz com que as
informações que antes pareciam estar longe apareçam depois de apenas alguns cliques no
mouse do computador. Isso agiliza negócios, traz lucros e coloca a empresa em condições de
competividade.
Por isso, muitos órgãos públicos e privados, como é o caso do Brasil, já oferecem capacitação
a seus funcionários quando incorpora esta novidade tecnológica. Mas, quem está fora do
mercado tem de correr sozinho atrás desta capacitação, sob pena de não estar apenas
desempregado, mas sim de perder a empregabilidade, aumentando desta forma a desigualdade
digital, particularmente nas camadas com baixa renda.



Ações sociais no combate a exclusão digital


O Brasil, apesar de ter, segundo a revista Wired, promissores centros de tecnologia do mundo,
representados pelas cidades de Campinas e São Paulo (SP), únicas referências latino
americanas nesta publicação, em virtude de ter o voto eletrônico, o melhor sistema de banco
eletrônico do mundo e o sistema de declaração de imposto de renda que é declarado pela
Internet, ainda sofre com a falta de democratização e acesso à rede mundial.
Este "Apartheid Digital" é um termo utilizado para identificar a exclusão dos menos
favorecidos pela nova sociedade que gira em tomo da Internet. Esse abismo de conhecimento
também é conhecido como Exclusão Digital, porque se forma em classes de menor poder
aquisitivo onde acesso a rede mundial é muito mais difícil e inviável, em virtude do seu custo.
Logo, a inclusão digital, antítese da exclusão, já vem sendo conduzida com sucesso por um
conjunto de entidades que representam setores organizados da sociedade brasileira, com o
apoio de empresas tais como, Microsoft, IBM, Intel, Compaq, Motorola, Dell, Xerox, Itautec,
Gateway e outras.
São na realidade, iniciativas cada vez mais constantes na busca de soluções através de
doações de softwares e equipamentos; investimentos em escolas de informática e formações
de profissionais capacitados no ensino de informática em subúrbios, treinamentos de jovens
carentes, ex-meninos de rua, programas de geração de emprego e renda em comunidades
menos favorecidas. Até o gerenciamento de projetos gigantescos como a "Comunidade
Virtual", que pretende interligar 130 favelas brasileiras este ano.



O que pode ser feito para reduzir o abismo digital


Acreditamos que as novas tecnologias produzirão mais postos de trabalho e fonte de renda,
mesmo com a eliminação do emprego. Nos países onde a Internet é mais difundida, as novas
formas de rendimento e a produtividade aumentaram. Na área de serviços ligados às novas
tecnologias há uma espécie de globalização do trabalho, como é o caso do “outsourcing off
shore”, ou seja, as pessoas passarão a trabalhar fora de um local específico. Alguns bancos de
Genebra, por exemplo, têm sua segurança monitorada por video por pessoas que se encontram
na África e call centers americanos na Índia e também no Brasil.
É necessário adotar uma política social que leve em conta o impacto das novas tecnologias
sobre a vida dos trabalhadores. A economia e a sociedade brasileiras ganham com elas, mas
precisam se organizar.
Outro ponto fundamental é associar educação e tecnologia.
Esse é o desafio que todos os países, principalmente o Brasil, estão enfrentando.


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